Complicadíssimo não é ? Entende o que quero dizer?
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
EQUILÍBRIO...
Complicadíssimo não é ? Entende o que quero dizer?
domingo, 28 de outubro de 2012
CRÔNICA DAS VONTADES...
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
A MORTE DO MEU PAI...
E assim passei distraída por ela numa manhã. Me acenou quando eu desprovida de qualquer sentimento, serena caminhava para a Casa do meu Senhor.
Em meio ao culto foi-me revelada uma palavra, que mudaria drasticamente a minha vida, daquele momento para frente. O louvor da igreja é parado bruscamente pela louvorista e a ministração fora feita.
De repente, ao sentir um tapinha no ombro pelas costas, paralisei e me segurei para não correr e desaparecer naquele momento crucial da minha vida, porque sentia que aquilo que fora falado, foi diretamente para mim. “ELE” me preparou... Continuei como que num caminho de pedras, onde nenhum martelo conseguiu esmiuçar, mesmo sem ninguém ainda ter falado nada... O choro não se conteve em meu rosto e eu mesma me dizia, deixe-me chorar por favor...
Me senti de repente como uma montanha imensa, inacessível onde ninguém poderia escalar para buscar a bandeira que me daria o decreto: Calma, não se desespere tua alma, pois "EU CONTIGO ESTOU!"
Então meu cunhado fala com todas as letras: O seu pai faleceu! Ao esperar o carro trazer o corpo, eu já estava fria e gelada, meus olhos não sabiam o que olhar ou a quem fitar. Não tinha um olhar de misericórdia. Não tinha nada ali.
Deitado no caixão inerte “o vi”. Por mais que as pessoas conversassem naquele momento, sentia que minha alma estava em outro plano, onde eu comigo mesma conversava comigo e respondia às minhas indagações, eu não estava ali... Meus irmãos cada um com sua dor.
Um silêncio mortal, uma paralisação do universo naquele momento, me colocou como que, numa bolha de vidro, onde ninguém me invadia. Dizia comigo, não se aproximem, não quero conversar com ninguém...
Ali no meu canto, fui separada, consolada com palavras e profundamente me entristeci e chorei por dentro. Um choro como se meu sangue vertesse para fora dos poros. Mas então percebi alguém cuidando de mim, dando pão para minha alma e água pra minha sede... Que tristeza, que amargura.
Nenhum vento refrescou meu rosto, nenhuma luz de sol conseguiu clarear minha vida e reinar sobre mim e endurecida por aquela notícia, recusei sentir o frescor de um vento diferente que vinha em minha direção.
Naquele ambiente morto, de pessoas pra mim espiritualmente mortas, vi e senti que as margaridas brancas e bonitas sobre ele, exalavam um perfume cheirosamente solitárias, assim estáticas elas se misturavam com as paredes daquela caixa de madeira, que acomodou bondosamente o seu corpo.
Minha alma se foi, se desmanchou totalmente. Olhei para baixo e não vi chão nenhum, só me sentia caindo cada vez mais, por vezes flutuando ao ver tristemente mais um pedaço da minha vida, já sem vida, que se fora sem eu poder entender sua existência aqui...
Minha alma gritava na maior altura e me senti como se segurasse um tecido na boca entre meus dentes e gritava e rangia e nenhuma outra alma viva respondia, não me socorriam, não me entendiam, e meu lamento não deixava rastros de eco nenhum.
Não tinham como entender a minha dor. Estava sozinha pela segunda vez, quando fui deixada para trás por minha querida mãezinha, que faleceu com 33 anos e igual ao morto, eu ali nas duas metades que se foram eu também morri...
Contemplava fixamente os olhos das pessoas presentes mas eu via e percebia uma presença diferente ali do meu lado, alguém com uma voz suave que parecia sussurrar o meu nome. ELE conhecia não só o meu nome, eu sabia de tudo sobre mim. Falava comigo, e não me deixou um momento sequer. Me dizia: Ei, estou aqui, calma, não se desespere, a dor que sente agora vai passar... Estarei sempre contigo...
Eu olhava ao redor para ver se alguém estava ouvindo aquilo... Mas percebi que a voz vinha de dentro de mim.
Com meus olhos vidrados como boneca de vitrine, estática e inerte, ali permaneci.
Ainda não havia sentido aquele estranho peso no peito, sofrendo com os pensamentos do porquê perdi preciosos momentos com ele, sofrendo por achar que teria o tempo todo do mundo, pra consertar tudo com ele debaixo do sol.
Mas AQUELE que estava comigo dizia: Aproveita cada minuto para ser feliz e fazer alguém feliz daqui para frente... E não chores mais minha filha!
Percebi
ali naquele momento, ser guiada por um PAI diferente...
Me senti
como flor despetalada, jogada ao chão numa disputa de quem bem-me-quer e quem mal-me-quer,
ironizada e vaiada pela vida naquele momento. Alguém me olhou e riu de mim... E
riu do meu choro e disse: Não respeitou ele em vida!!! Chora agora!!!
Num impulso, na direção do morto mentalmente me lancei, e o chamei do fundo da minha alma, como se só eu mesma escutasse a minha voz e pudesse assim me debatendo, pressionar seu coração e o trazer de volta e então gritei: Ei! Paiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Paiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! O que houve com você ??? Levanta daí uaiiii!!! Paiiiiiiiiiiiiiiizinhoooo!!! Não me deixa agora não!!! A gente ainda precisa conversar paiiiiiiiiiiiiii!!!
Mas ele adormecia num sono eterno, não quis me ouvir, nem esboçou movimentos, dali não levantaria nunca mais e eu não conseguiria sentir o exalar de seu perfume de sabonete, ou quem sabe lançar seu olhar nem que fosse de repreensão para mim... Só sobraram com ele, as flores lindas que vi...
Mas AQUELA presença diferente, da mesma substância de meu espírito, ali segurava minha mão, quando tantos a soltaram e me segurou para que eu voltasse com meus pés ao chão, me vendo desnorteada e sem rumo naquele momento.
Que dor cruel, que infelicidade, que angústia que por muitos anos não teve fim. Ceifou-se a morte numa punhalada só, aquele que me dera a vida e que nunca consegui entender porque viveu daquela forma, porque me tratava daquela forma.
Meu pai teve seu coração arrasado com turbulências interiores e fulminantes, que no giro de um passo de dança, nunca pausa que teve em dançar, o derrubou...
Não sentia o vento balançar mais as árvores, nem os pássaros cantarem mais majestosamente o seu silvo suave, como naquele dia anterior .... O brilho do sol se escondeu... As flores não tinham cor.
Todos emudeceram comigo e não quiseram me alegrar. A luz havia se apagado em mim e por um bom tempo ali, perdi a noção e não sabia mais a definição de “claridade”, de luz. Pois tudo se fez trevas naquele momento em mim.
Minhas
lágrimas presas em meus olhos, procuravam o caminho para transpirar em minha
face e bloqueadas, assim se misturavam ao meu sangue como uma doença, rasgando
minhas veias e num surto também eu “me fui”.
Por anos
a fio, ninguém me achou. Não mais me conheci e senti saudades de mim mesma.
Ah!!! Como eu senti saudades do meu sorriso, da minha molecagem, da minha
gargalhada. O sentimento do luto da morte, se tornou minha máscara e
atrás dela, por muitos anos me escondi.
A foice e o manto negro vieram e apenas num raspão ele se foi para não mais voltar... Minutos antes, se encontrava dançando, se divertindo com os amigos e entre a valsa e o tango, num pedido de ajuda, seu espírito se despediu e se desprendeu, abandonando o seu corpo que ao chão caiu. E agora ali, parado em minha frente, comigo desesperada, louca desvairada, gostaria muito de novamente o colocar de pé. Eu o quis sacudir...
Levanta daí! Levantaaaaa! Paiiiiii !!! Pára de brincar desse esconde-esconde pois para onde você foi, não consigo te encontrar! Paiiiiiii!!! Por favor!!! Paizinhooooooo!!!
Eu assim dizia … Não me deixe aqui... Por favor!!!!Vamos começar uma nova vida... Paizinhoooo!!! Perdoe-me por não ter te entendido...
Ninguém ouvia nada, todos estavam surdos para minha voz que gritava no meu pensamento em silêncio o olhando.
Alguém
chegou e disse: Só vim para saber se ele morreu mesmo...
Aquele
corpo endurecido que um dia sorriu, amou de alguma forma sem eu saber, viveu,
se multiplicou... Estava ali sem palavras, sem estímulos, esperando somente
voltar através dos amigos, para o encontro com a terra mãe e
receber um reconfortável abraço
fraternal, no encontro de irmãos na natureza: O pó que volta ao pó.
Sufoquei
então, engasgada, ao erguerem aquele caixão, soluçando por dentro, sentia que
as lágrimas teimosamente não obedeciam a minha voz. E dizia, alguém me ajude
por favor!!! ... E e eu escutava: Eu estou aqui e te ajudo minha
filha....
Não
queria acreditar que não o veria mais, que teria que conviver com a
“presença da sua ausência” todos os dias da minha vida. Sentimentos negros se
apoderaram de mim e me possuíram numa sequência infindáveis de erros e
desacertos ao longo do tempo.
Me sucumbi, me deixei ser vencida. Me condenei. Percebi que invadia lugares que não deveria estar, fiz coisas que não deveria fazer e aquela mesma voz que ouvi naquele dia, me resgatava, me buscava e dizia: - Aí não MARILENE!!! Volta!
Eu ia pra vários lugares por querer e me maltratava e ELE me trazia, não importando o que fizesse, “ aquela presença entendia minha dor", e ainda no erro, ela "me amava”, no que eu queria só para me maltratar, ela me consolava...
E assim fui sendo trazida e resgatada para a vida, para ser quem hoje sou... SOU FILHA DO ALTÍSSIMO! O qual glorifico por saber que nem a morte, nem a vida, nada me separa D'Ele. De forma fiel e gentil ele me perdoa e me ama e a mim é fiel, mesmo que eu não seja. Obrigada Senhor!
Se você também querido amigo e leitor, perdeu alguém precioso em seu convívio, peço desculpas se despertei em ti algum sentimento que não queria lembrar, pois eu entendo a sua dor. Te aconselho a sentar com alguém e contar assim, sem reservas, como se sentiu naquele momento, para que possa aliviar a carga que está sobre o teu coração. Saiba que o Senhor não se esqueceu de ti, e ele te contempla e vê e sara a sua dor. Permita que ele possa segurar a sua mão agora aí, onde está e te levar por campos verdejantes e apagar a culpa que sentes...Não se condene por não estar mais ao lado dele ou dela, não se condene por não ter aproveitado mais os momentos... Se perdoe e siga em frente agora, viva, não pare não se impeça. Você vai vencer! Deixe que o tempo amenize a sua lembrança e Jesus cure a sua saudade e também a sua dor. Ok??? Nascemos para ser felizes, e este é meu desejo para você!
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
SACRIFÍCIO (Tributo ao Senhor Jesus)
Assim quero estar em meio a alaúdes e instrumentos de corda e cítara, harpa e tamborins, e em meio a danças de roda , com peneira com frutas brilhantes e transparentes, de mãos dadas com meus irmãos, te sacrificar o coração e a vida e lhe dizer :
Em tempo: A letra usada acima : "Aceita Senhor..." É música da Cantora Gospel Heloísa Rosa.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
SER VALENTE!
Quando garota, sempre fui desse jeito, espevitadinha assim mesmo como você me vê hoje rsrsrs... Acredite, sempre apanhei na escola, porém nunca consegui bater de verdade em ninguém. Tinha uma amiga, e me lembro de uma certa vez, em que me deu uma surra, por ter implicado com ela...
Assim fui crescendo rebelde e essa valentia foi se transformando por longos anos em uma revolta meio que irada. Revolta da vida que levava, da família que tinha, do lugar que morava, das roupas que vestia, dos brinquedos que ganhava. Não tolerava mais ganhar a boneca "Índia" , todo santo ano no Natal. (kkkkkkkkkkkk) A cada ano o seu cabelo era loiro ou era preto... E eu pra disfarçar, dizia que gostava mais das bonequinhas de cabelo de milho. Sentia raiva. Acho que não gosto de Natal... Foi refletindo assim que pensei em escrever para você sobre essa diferença de ser valente e ser valentão sabe...
Fui aprendendo que a suavidade do valente se respeita e dobra os nobres, mas que também o despeito do valentão se despreza, fazendo com que sua razão desapareça completamente...
Ser valente é não se dobrar, é não se curvar, é ficar de pé e encarar o que for com cabeça erguida, ainda sim, sem ter o nariz empinado... . Mas em alguns momentos é besteira, então não tenha vergonha de dobrar a cerviz, e assim, se deixar descer ao chão...
Ser valente é rir do infortúnio, se divertir com as críticas que fazem de ti e permanecer de pé, quando ainda alguém deseja sinceramente e " amorosamente " que você caia, ou quebre sua cara ... Você entende né?
Ser valente é permanecer em suas raízes e também ter coragem pra sair de alguns princípios estabelecidos por alguém, que um dia quis determinar que sua vida seria melhor assim...Só que você hoje se sente oprimido e dominado por não saber o que fazer, se deve ir, se deve sair, se deve ficar ou se assim deve permanecer...
Seja valente por você, seja valente se superando, seja valente se dominando, quando ninguém mais a seu lado conseguir fazê-lo. Se preciso dê a cara a tapa, sem usar a valentia de revidar, mas ainda assim sendo valente para agradecer, e reconhecer que muitas vezes, por sua própria culpa precisou apanhar pra enxergar que certas coisas tem os seus limites, e que não é com manha e querendo vencer os outros no cansaço, que iremos ganhar e usufruir dos brinquedinhos preferidos...
Seja valente amigo meu. Se for preciso mudar de opinião, mude, mudar princípios mude, rever suas raízes reveja, trocar as suas folhas, assim o faça... Mas sem esse surto psicológico que remete muitas pessoas, à culpa imaginária que as amarram com correntes e as deixam sem se mover para romper seus limites. Ah!! sem essa!!! Sem esse excitamento que fica impregnado, quando se quebra paradigmas.
Pra te ajudar, leia a trajetória do Rei Saul,( I Samuel 13...) que foi o primeiro Rei de Israel, ungido de uma forma linda perante o Senhor, este sim foi um homem valente e intrépido, mas as suas atitudes erradas, no decorrer da sua caminhada, o levaram a ruína!