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quarta-feira, 22 de abril de 2015

BEZERRO DE OURO... 2... A MÚSICA DO ARRAIAL...



Continuando nossa postagem anterior queridos leitores, disse que te mostraria como se perde a fé né? Então prossigamos. Não tenho intenção no meu blog em divulgar religião alguma. Sou cristã sim, mas aqui não é morada religiosa. Só tento retirar de algumas passagens e situações, aquilo que é praticamente óbvio de se enxergar e que as pessoas quebram a cabeça para entender. Primeiro é ensinamento para mim. Falar o que penso me ajuda aliviando minha alma.
Pois bem, muitas vezes, (com um mínimo de espiritualidade vai me entender), as circunstâncias da vida nos fazem afastar dos momentos de fé, daqueles em que você debruça em choro, pedindo uma solução, dizendo que não tem mais saída e digo com certeza que estes momentos existem, para que não recorramos a Deus e para que assim tenhamos uma atitude mais imediata sem pensar muito...
Os problemas nos aparecem do nada como cadeias, como teias de aranha onde tudo é lindo, bonito, confortável e lícito, sem que a gente perceba a urgência em sair dali, daquele local ou daquela situação, a gente fica cego e então faz qualquer coisa... Mas um dia de repente.... A porta que ficou aberta em nossa frente, desconsiderada por nós se fecha e o tempo que achávamos que tínhamos, se esgota... E então verdadeiramente não há mais saída... Quantas vezes já viveu isso? Digo por experiência própria, que uma vez só nessa situação, basta. 
Quando a gente se afasta da presença de Deus, queridos, então as coisas mudam pra nós... Saímos do caminho de realização das promessas e na ânsia da resposta, do alívio, nos permitimos qualquer viela...
Lembra que na postagem anterior, enquanto o povo pensava que ninguém mais reinaria sobre eles, que estavam livres para fazer o que lhes viesse à mente... O que eles fizeram? 
Por outro lado penso que talvez nos tempos de hoje, para curar nossas dores e transgressões, para termos alívio dos nossos erros e até aprender a conviver com eles, talvez precisássemos de um muro de verdadeiras lamentações em nossa vida...  Mas é através disso que te mostrarei como se perde uma fé... Sei que vai me entender.
Leu até aqui? Então dê uma pausa. Olhe ao seu redor, onde está agora... Pense como vive "esse agora"... "Nas coisas que deveria ter feito e não fez" e "nas que não deveria fazer, mas fez"... 
Reflita sobre quais caminhos tomou, para chegar onde está... É exatamente a falta de "parar e pensar" em momentos assim, que nos levam a tomar atitudes precipitadas... Então leve o seu pensamento, lá onde tudo começou... Consegue? 
Pra refletir e saber porque sua vida se encontra de uma determinada forma, precisará buscar em seu subconsciente onde se guardou o que ele escondeu de você...
Pense comigo: Através da vida de Moisés, você vai entender como alguém que foi criado por uma princesa egípcia tendo tudo em meio a riquezas, acreditou em "uma promessa" e foi para o deserto, guiado por "um espírito". A fé é isso, é ser guiado, é ter as mãos bondosamente atadas, para que no caminho não as estenda às facilidades... Você fecha os olhos na angústia que te oprime, busca a Deus, acredita que colocou o problema nas mãos dele, que ele acolheu e não pegando de volta, você retoma seu caminho e experimenta a paz.
O sustento e a fidelidade de Deus estava presente na vida de Moisés, mas porque o povo não acreditava piamente nisso e se desviou? Será que era porque Moisés já estava mais amadurecido e renovado em não duvidar? Pois suas experiências com Deus centraram sua missão num alvo: CHEGAR À TERRA PROMETIDA...  Qual é o seu alvo mesmo? Será que não perdeu o foco? 
Moisés desceu o monte ao ouvir o alarido no arraial, mas ele não sabia discernir apesar de Deus ter falado com ele que o povo se corrompera; se a música que vinha de lá, se aquele alarido, era de alguém que com certeza vencera numa batalha ou quem sabe que fora vencido de vez... Mas uma coisa talvez ele tivesse certeza: A música que se dançava e cantava no arraial, vinha de uma geração que aparentava "nunca ter conhecido a Deus". 
Moisés revoltado com as tábuas que recebeu do Senhor,  em suas mãos, violentamente as quebra... Esqueceu completamente pela emoção e distúrbios daqueles cânticos estranhos mais próximos, que, quem escrevera naquelas tábuas foi o "dedo de um Deus grandioso", esqueceu que ele descia com as "tábuas do testemunho", de histórias, de vitórias de um povo que quando confiou neste Deus, ele desceu para os libertar... 
Isso me faz lembrar que as pessoas perdem a fé quando começam a ouvir a música de quem adora os bezerros tecnológicos, midiáticos, televisivos, muitas vezes "cultural", folclorizante,  que não têm uma fé definida, que reclamam do pecado do fulano e do beltrano, que se importam com o que eles falam ou deixam de falar... Mas por essa e outras, por favor, "não quebre as tábuas da aliança que Deus te deu! Não deixe de fazer o que ele te orientou... 
Essa geração que canta e dança ao redor do brilho mundano, dos prazeres, do dinheiro, que não tem mais atitude, que vai quando todo mundo vai, que se deixa contaminar, que são todos iguais como dita a moda, são todos bagunçados! Tome posição e acabe com essa bagunça na sua vida querido. Ou é de Deus ou não é. Ou está dentro, ou está fora!  
As tábuas de pedra, escritas por Deus nas mãos de Moisés, eram a prova real de que ele não desceria daquele monte sem nada, porque Deus não despede ninguém de mãos vazias. Ele dá prova real de que está conosco. Quem faz é ele. Quem põe o dedo é ele. Ele tem um testemunho pra te dar. Ele tem uma marca pra te colocar, um registro em você de propriedade exclusiva dele... Mas e Ele, pode assinar em baixo das coisas que você faz???
Se você não teve nenhuma experiência com Deus, você ainda terá um milagre pra contar, busque e espera, confia... É impossível Deus descer em algum lugar e não deixar alguma coisa... As pessoas precisam ver e entender que suas vidas foram escritas pelo dedo de Deus e não pelo rabisco delas... Deus vai colocar esse dedo dele na sua vida, nesse seu problema, não é o dedo do prefeito que vai te ajudar querido leitor, nem a do juiz pra urgentemente julgar essa sua causa, nem do seu advogado pra te defender, nem do promotor pra resolver o que precisa... Vale a pena esperar em Deus e não perder a fé, quebrando a aliança que fez de esperar nele, de confiar nele... Não perca a sua fé.  O que Deus escreve hoje, é a procuração que precisa pra sua vida inteira... 
Quantos cristãos quebram a tábua por causa do alarido da própria casa... Quantos mundos diferentes dentro um lar não é mesmo? Os cristãos evangélicos erraram muito com a questão de: Não batizo meus filhos quando pequenos, vou deixar pra quando eles crescerem, escolherem... Escolher o quê, se você que vive a fé genuína e verdadeira, não lhes incute que este é o caminho a se seguir?  Hãnnnn? Eu não entendo... É uma briga em cima disso e então as crianças e jovens vão se perdendo... Deixe que com o tempo eles decidem não é mesmo?
Muitas vidas estão dependendo dos cristãos que não quebram as tábuas, por causa desses cânticos diabólicos... Muitos já não dizem mais: Ei, vou orar e Deus vai mudar a sua vida, porque eu creio... Deus te chamou para vencer, para viver... Sai dessa vida infeliz, Deus vai mudar a sua história se você deixar... 
Muitas gerações estão cantando música do arraial e já não têm mais fé em Deus. Fé em homens e mulheres de verdade para trazê-los para serem lavados no sangue do Cordeiro... Onde estão eles???
Tem pessoas doentes precisando de cura, tem pessoas precisando de libertação e aqueles que se dizem servir a Deus, estão mais preocupados com seus carros e palácios e pompas, com suas vidinhas boas, às custas da miséria do povo... 
Então o que Deus fez com  Moisés? Fez com que ele subisse novamente depois de desfazer aquele alarido, apagar o fogo estranho que consumia a vida daquelas pessoas e derreter aquele bezerro... E pra onde ele vai? Ele volta pessoal, lá onde tudo começou pra ele, levando tábuas novas. Moisés voltou no lugar da promessa, onde Deus disse que faria tudo o que Ele fez e este ficou lá por seis dias, lembrando disso no silêncio de Deus, que veio a falar com ele, somente no sétimo dia....
Não é tempo de passear, é tempo de ir pra guerra, de superar as crises, de permitir Deus escrever um nova história e mudar  a nossa vida! É tempo de ter fé e não de perder a fé. 
A aliança que quebramos, Deus pode restituir, o que nós destruímos ele pode nos dar de novo, mas precisamos deixar ele fazer isso... Algumas coisas vão doer? Sim vão! Você vai chorar? Sim vai... Mas por favor não deixe a música do arraial do mundo acabar novamente com sua paz, com sua alegria, com seu talento. Se é espiritual conseguirá discernir... Às vezes a gente fica longe da presença de Deus por tanto tempo, que já não consegue discernir uma música da outra, uma situação da outra, um problema do outro... 
Há um tempo atrás queridos, eu não via o que vejo hoje, a violência aumentando, tantas mulheres agredidas, tantas crianças abusadas, tantos jovens suicidando, tantos idosos sem cuidado, tantos viciados, doentes... Meu Deus, essa música que vem do arraial do mundo, tem poder de inebriar as pessoas a ponto de desfigurá-las e você até olhar para o próprio filho e perguntar: -Mas quem é você mesmo? Não foi assim que te criei... Não te trouxe ao mundo para viver isso, viver desse jeito... 
Coisas, que hoje em dia nos fazem parar, prostrar, cansar, desistir e não sair do lugar... Tem gente que ainda precisa ouvir a "sua voz" para se libertar... O que vocês homens e mulheres de Deus estão fazendo? Se deixando vencer porque não tem nada a ver outros ritmos, porque todos os ritmos são de Deus? 
Trazendo discoteca para dentro da igreja porque se não tiver dentro, os jovens sairão dos cultos e procurarão lá fora? O que anda acontecendo? É a igreja que se adapta ao mundo? 
Deviam sim organizar os cultos e palestras para além de ouvir a palavra, ensinar para eles sobre a vida, dos seus direitos e deveres, sobre o casamento, vivência espiritual... Que precisam trabalhar e cuidar dos pais, que precisam viver na integridade, respeitando as pessoas, se moldando debaixo da boa e agradável mão do Senhor.... Isso tem acontecido? Se tem, me desculpe se estou falando demais... 
Estão mais preocupados em organizar campanhas para arrecadar seus dízimos, sem nem sequer os ensinar a ajudar o vizinho que é pobre, o irmão que passa dificuldades... O pai, a mãe que precisam de ajuda... 
Ainda tem muito a se aprender, a fazer, a buscar através da fé... As igrejas atuais não estão ensinando a viver de verdade, a viver em plenitude...  Então reflita sobre a sua vida e veja se não quebrou as tábuas da aliança e se não perdeu a sua fé. Mas se perdeu, se quebrou, corra e peça a ajuda a Deus. O que Deus fala, Deus faz, o que ele promete ele cumpre... Tem sido assim pra você?  
Ainda não acabou viu? Talvez com a caminhada pesada, você resolveu deixar a fé pra lá, para não ter mais um fardo a carregar, se sentindo livre... Na verdade é a fé que torna os outras cargas mais leves... Porque? Porque é através da fé, que você agrada a Deus e ele renova as promessas, que faz novas todas as coisas... 
Talvez tenha chegado até minha página, porque precisava ler isso, pra você lembrar que há dignidade em voltar ao início das coisas, voltar lá onde tudo começou e entender que aquele era o propósito de vida pra você e talvez não o propósito de vida que hoje tem... Mas como saber?  
Uma dica: Através da fé, você vê as coisas se realizarem, então as suas atitudes passam a depender do que "crê espiritualmente" e não do que "vê materialmente" à sua frente... Onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração... Reflita, pois talvez isso te ajude em alguma coisa... E não perca a sua fé!!!

Pra vc um grande bju, fica com Deus e até a próxima!!!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

BEZERRO DE OURO... 1... PERDENDO A FÉ...


Nem sempre ao fazer uma leitura, as pessoas  são críticas ou questionadoras. Eu por exemplo, não sei ler, sem retrucar o porque daquele pensamento. Não é qualquer coisa que leio que tomo para mim como algo a considerar.  Os formadores de opinião não me têm em suas mãos. 
Leio qualquer leitura, me interesso por qualquer assunto, dos mais simples aos mais grotescos. Poesia por exemplo, é algo que me desconserta, pois ela transmuda minha alma e mostra o avesso de um espírito andejo ansioso por renovação. 
É algo sensacional viajar em boas leituras, construtivas, sem cunho de senso comum engavetado ao fundo delas. Sou crítica comigo mesma e igual criança, pergunto o por que disso e daquilo, porque tem de ser dessa forma... 
Talvez, você esteja se perguntando também o porquê de eu falar sobre um Bezerro de Ouro. Para quem nunca ouviu esta expressão “Bezerro de Ouro”, se encontra no livro de Êxodo na Bíblia. É um ídolo, um deus, visto pela tradição judaico-cristã. Este deus, foi criado por Arão quando Moisés havia subido ao monte Sinai para receber instruções de Deus. Na demora da volta de Moisés, o povo de Israel praticamente forçou a Arão, a criar um ídolo que os reconduzissem ao Egito de onde haviam sido escravos por muitos anos....
Quando li esta passagem, diga-se diversas vezes, muitas ideias brotaram em meu pensamento. É como se me tirasse de dentro de uma caixinha de surpresa para apresentar por aí. Fiquei me perguntando, o porquê quero falar sobre isso e minha resposta é para mostrar a você leitor como se perde a fé.
Resumindo a história, Arão, foi escolhido pelo povo no deserto a suceder Moisés, por não ter paciência de esperar que este voltasse de sua longa viagem ao monte de Deus. Moisés foi ficando esquecido no coração do povo, e todos os prodígios que ele havia feito por intermédio de Deus também. Quem sabe não havia caído pelo deserto de sede, ou mordido por alguma serpente? Ou um outro animal o tivesse devorado...? Então o povo pede que lhe faça um governo e um deus para “ver” quem seguir ou então acreditar. Pra você visualizar a situação, imagine se a Presidenta Dilma desaparece de forma estranha e se ninguém a encontrasse deixando o povo sem saber o que está acontecendo com ela?... Seu vice e os demais iriam ficar esperando para tomar decisões em relação ao País? Por quanto tempo?
O interessante é que esse Bezerro de ouro me ensinou o que fazer e deixar de fazer em relação a fé. Seu tamanho? Não sei. Será que não era uma vaca? Um garrote?  Talvez um touro?
No antigo Egito, um touro era cultuado, com simbologismo de força e fecundidade. Talvez tivesse surgido daí a inspiração, de fazer um deus com semelhança dos povos ao redor.
A vida inteira, nós fomos conduzidos e tivemos nossos caminhos apontados. O reboliço em torno de conduzir a própria fé é uma briga constante. Num determinado momento, quando nos desligamos de quem nos conduzia e fomos nos recriar, no reinventar e fazer a nossa história, talvez tivéssemos sim recriado Bezerros de Ouro em torno de nós... Pois não respondemos muito bem ao abandono, ao desprezo, a ser ignorado por alguém. Na verdade não suportamos a solidão e muitas vezes queremos estar no meio da multidão.
A partir do momento que alguém se habilita a trazer Deus pra nós e depois este desaparece, comete um erro, se desvia... Muitos tomam isso como motivo para trazer à própria vida, um deus presente visível, tocável...
Então eu vou reproduzir para você esta história! Ouça bem! Te colocarei naquela época! Então viaje!!! 
Senhoras e senhores! Apresento: BEZERRO DE OURO, segundo visão de um Hebreu!


   - Nossa saída do Egito, foi prodigiosa. Acreditamos em Moisés, porque nossos olhos viram a presença de um Ser Todo Poderoso com ele. Nenhum mortal em nosso meio poderia conceber o que ele fazia depois de orar àquele Ser. Na opressão dos Egípcios sobre nós, nitidamente, o Ser Poderoso desceu a olhos vistos, com prodígios e maravilhas e nos livrou da aflição que tínhamos como escravos. Nossa saída foi  inexplicável, as pragas indo contra aquele povo, o mar gigantesco que se abriu e no encalce dos nossos pés, no último instante, ver nosso inimigo perecer.... Não deixamos de temer aquele momento. Tudo foi inexplicável, inconcebível e não sabíamos direito o que era fé. Os deuses dos Egípcios eram enormes estátuas presentes que víamos todos os dias. Mas, aquele Deus de Moisés, não sabíamos como ele apareceria. Sua voz de trovão, seu brilho inimaginável, incomparável, estremecíamos ao ouvir sua voz ao som de trombetas... Só sabemos na verdade que pelo motivo nos contado por nossos pais, "Ele" se agradou de nós e veio para nos libertar... Há tempos, alguns do nosso povo clamavam por alguém mais forte que iria derrubar mesmo a opressão egípcia e este momento chegou.
Andamos muito, mas diferente do nosso trabalho no Egito, estranhamente não cansávamos com aquela ânsia de olhar pra trás e querer voltar... Não tínhamos o que reclamar... Desde quando saímos de lá, não nos faltou nada, nem comida, nem água, nem roupas, nem calçados... Tudo se renovava, porque o sustento diário nos vinha por caminhos que não entendíamos... Éramos amados e cercados, livrados...
Nós éramos deliciosamente aquecidos todas as noites com um espetáculo que vislumbrávamos no céu daquele deserto, que coisa linda... Uma coluna de fogo que se punha sobre nós... Ao anoitecer ela aparecia como algo sobrenatural, sentíamo-nos privilegiados...
Durante o dia, o sol quente não queimava nossa pele mesmo estando no deserto... Uma nuvem espessa nos cobria dos raios do sol. Quem é como tu Senhor entre estes deuses que vimos? Glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas? 
O interessante ao nos fazer isso, é que Ele somente pedia para ouvirmos sua voz e atentar aos seus mandamentos, até então era um pedido simples e fácil pra nós. Tudo era organizado, tínhamos em nosso meio pessoas com habilidades, com inteligência e conhecimento em artifícios para elaborar desenhos, trabalhar em prata, ouro e bronze, lapidar pedras, entalhar madeiras, cantores com vozes magníficas, mulheres artesãs... Estávamos à uma unidos esperando a resposta do Deus que passamos a invocar por causa de Moisés, para tomarmos os passos seguintes.
A única certeza é que a direção que tínhamos era um caminho certo em meio ao nada do deserto, segundo nossos líderes...
As cantigas de roda à noite, a fogueira para assar as carnes, a dança bonita das mulheres lindas que tínhamos... Tamborim, harpas, alaúdes, cítaras.... Aquele som invadia a parte negra não habitada do deserto e ecoava  e recoavam as canções do povo... Adeus trabalho escravo... Pisar barro, nunca mais... 
Moisés subindo ao grandioso Deus na montanha, nos traria ordenanças dele, para ouvir a sua voz e guardar a aliança que fizemos e assim sermos sua propriedade, seu reino, seus sacerdotes e sua nação santa.
Ele nos prometeu muito mais do que a vida, a terra da promessa e nos disse que seu Anjo, iria à nossa frente, nos guardando pelo caminho, para nos levar ao lugar que ele nos havia preparado. Nos guardaria e nós ouviríamos a sua voz, porque ele não perdoaria nossa transgressão, pois no seu Anjo estaria o nome do Deus Poderoso... Assim considerávamos a Moisés.
As mulheres eram fortes e robustas e os filhos que lhes nasciam, eram saudáveis por demais não igual as crianças egípcias... Onde ficaram as lutas? Lá atrás... As dores? O chicote? Lá na terra estranha da opressão...
O nosso deserto era fértil, tudo o que precisávamos tínhamos... Então Moisés se afasta de nós para falar com esse Deus Poderoso. Vivíamos livres naquelas tendas, cada um se respeitava, as nossas mulheres com o que recolhíamos, nos preparavam o alimento... O maná que caía do céu era delicioso e as cordonizes saborosas...
Mas estranhamente, passando os dias, aquela nossa rotina começou a nos enjoar, todo dia ao pôr do sol, pensávamos se aconteceria algo ainda de novo no dia seguinte. O maná já não tinha o mesmo gosto de novidade. Uns com medo de passar fome, recolhiam mais do que o necessário para sua família e a carne das cordonizes que caíam, já ficavam pelo caminho, pois muitos na ânsia do estômago, comeram demais até passar mal.... E quem estocou além do que precisava, viu aquilo apodrecer... Tínhamos que ter medidas disso e daquilo... Regras, regras, regras... Então o ambiente familiar começou a ficar estranho de repente... As pessoas sem paciência ficaram... As tribos à uma, começaram a brigar, outros vieram invadir nossa tenda, para perguntar se estávamos com eles ou não. As mulheres e crianças já não se entendiam por causa da desavença dos homens... Então procuramos nosso líder... Onde está Moisés para resolver isso? Percebemos que na verdade o havíamos esquecido... Esquecido que não estava em nosso meio e por ter tantas coisas e não sentirmos falta de nada, nem lembramos dele. Será que ele morreu?  Uns perguntaram... -Arão, cadê Moisés para nos tirar daqui?
Neste exato momento a saudade do Egito começou a nos apertar. Perguntávamos, quem agora tem domínio sobre nós? Estamos perdidos, a quem servimos? Os deuses do Egito pelo menos estavam em cada canto e em cada palácio presentes... Felizes os Egípcios que têm a quem cultuar... Enquanto amassávamos barro e tomávamos as nossas chicotadas, pelo menos no fim do dia, tínhamos nosso sustento diferente e não a mesma coisa igual a esta aí, que estamos vendo todos os dias e a gente nem sabe do que é feito... Chega dessa vida!!! Cadê o Deus da fumaça na montanha? Cadê Aquele que fazia estremecer os montes ao som de trombetas? Onde está? Que apareça para nós? Que ouça a nossa voz, ao invés de pedir que o escutemos, que o obedeçamos! Não profanar sábados, guardar alianças, cumprir mandamentos isso é vida que ele quer pra nós? E depois disso o que faremos? Até quando ficaremos presos aqui? Também, mal podíamos ouvir a voz Dele e ficarmos de pé... Viveremos com medo sempre?
E então o povo começou a se dividir e enraivecer tremendamente... Saímos a procurar Moisés no deserto, vasculhamos os arredores e não o encontramos. Uns achavam que tínhamos que esperar mais um pouco e outros já queriam que se fizesse um deus sobre nós... Diziam: -Olha a riqueza que os deuses do Egito dão a eles!!! Olha de quanto ouro eles nos cumularam e não ficaram pobres... É presente de seus deuses para nós.  Pobres somos e não temos nada! Moisés morreu!!! Façamos um deus pra nós!!! Moisés morreu!!!
E então naquela noite o deserto se empoeirou, os ânimos exaltados de alaridos e gritos de revolução, causaram dispersão e mal estar a quem não queria se envolver, mas eram tão poucos que não fazia diferença alguma... Depois sobreveio-nos o medo horrendo para tirar nossa família dali e fugir do domínio daquele Ser que pudesse estar nos vendo. Talvez ele em oculto nos estivesse vigiando e descesse para nos castigar, mas Moisés já era... O deserto o tragou. Findou sua história conosco... Chamemos a Arão...
-Venha você e nos faça um deus daqueles que víamos em nossa terra de escravidão, traga à existência nesse deserto o poderoso Ápis, de alma magnífica!!! Que tem trazido há muitos anos, prosperidade ao Egito... Pra isso dispensaremos todo o nosso ouro, nossa riqueza e presente dos nosso opressores e faremos o nosso deus. E assim fizemos. Esplêndido, Ó magnífico!!! Seja-lhe dado o altar! 
Depois de pronto, dissemos à uma ao apresentá-lo: São estes ó Israel os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito!!! Então amanhã será festa ao Senhor!!!
Arão nos ajudou edificando o altar e na madrugada seguinte lhe oferecemos os holocaustos e ofertas pacíficas e então comemos, bebemos e nos divertimos. Não entendíamos o que era ser povo de dura servis, só queríamos viver e experimentar a vida, a novidade o prazer com nossos homens e mulheres e essa seria a nossa porção, para sempre... Então que caia sobre nós...

Queridos leitores, o fim dessa história, é que Moisés não havia morrido, pelo contrário estava bem vivo na presença de Deus, que ao olhar o povo se corrompendo e se prostituindo defronte algo morto e sem vida, pede que Moisés desça rápido para que eles assim não atraiam a morte! Deus diz a Moisés, que sua presença iria com ele e lhe daria descanso, mas este se opõe ao entender que a presença de Deus acompanharia a si só e não ao povo. Então Moisés entendendo que pelo pecado do povo, eles pereceriam no deserto escaldante, suplicou a Deus que não “os” fizesse subir daquele lugar incluindo o povo na continuação da jornada e não se contentando em ver Deus pelas costas, pede para ver a face de quem ele ouvia e servia... 
Quanto mais emocionados estivermos a respeito de alguma situação, menos reflexivos seremos. É fato! Agora onde fica a fé?Esta, só continua na próxima postagem... BEZERRO DE OURO 2!

Pra vc um grande bju, fica com Deus a até a próxima....



quarta-feira, 1 de abril de 2015

IGUAL AOS LOBOS...


Quem me dera se em vez de patas, tivesse asas nos pés... Voaria para mundos diferentes e conheceria o que ainda não passou em minha mente... Minha permanência no topo das montanhas com a lua ao fundo seria eterna... 
Pudera tivesse o toque de Midas, transformando em ouro algumas coisas, mas não endureceria com isso minha vida fazendo-a parada num canto triste e esquecida...
Correndo mais que as corsas, com força igual de um leão eu vou... Meu uivo é pra chamar a  minha alcatéia, estão longe de mim! Venham os tristes para serem alegres, venham os fracos para terem força, venham os amargurados de espírito para ver a  beleza da vida... Venham cinzentos, brancos, marrons, pretos, de todas as cores...
Sou como um lobo solitário no espírito, um predador natural que usa as minhas formas de sobrevivência, guardo minha energia para quando preciso, uso minha inteligência pra sobressair, e minha tenacidade para sobreviver...... Meu sucesso está em meu olhar, em meu território que protejo, custe o que custar... 
Mas um dia, fui desviada do grupo, por alguém mais forte... Lutando contra meus inimigos e todos aqueles que ameaçavam meus caminhos... Comecei a proteger com unhas e dentes o que é meu, virei dominante, persistente, perseverante, sagaz e minha juventude não saiu da minha "casa casca", "casa toca", reforço minha linha de frente com primazia  e arreganho os dentes, não parece, mais não se engane sou bem feroz!!!
Minhas noites ao luar, meu uivo solitário é respondido ao longe com alguém que não se atreve a aproximar... Medir forças, deixar marcas por onde passo, que com o sol da manhã se destacam e no caminho que fiz de madrugada, é um hábito.... 
Quando as noites ficam frias, o sentimento do amor me aquece, então eu quero saber onde você está, em qual floresta te encontrar, sentir seu hálito quente... É necessário um minuto para encontrar o calor que acende meu corpo, uma hora para satisfazer meus desejos loucos, um dia inteiro para amar a forma do seu corpo e uma vida inteira pra esquecer seu cheiro... 
Muitas vezes o que queremos dessa vida, nem nós mesmos suportaríamos... Desejamos tudo e buscamos muito as cascas, as folhas, o externo e as aparências e damos importância a isso....
Deixamos a vida ditar os passos da nossa marcha e prosseguimos muitas vezes sem questionar... Ei, é isso mesmo que quero pra mim? Meus sonhos vão prosperar?
Nos prendemos, nos entrelaçamos e nos envolvemos. Deixamos. Vivemos e nos alimentamos de sonhos, alimentamos nosso ego, pressionamos nosso espírito... Uma hora isso vai acabar, amanhã isso vai mudar... Mas não tomamos a posição que precisamos....
Não sou o início do fim do seu sonho, nem o fim do seu começo de sonhar... Sou seu  sonho começando sem fim de acabar, pode olhar ao seu redor... 
Quando estiver entre lobos... Uive com eles...
Tem dias que minhas postagens são assim meio loucas,  mas pra quem sabe entender as palavras, aqui se dizem muitas coisas.... 


Pra vc um grande bju fica com Deus e até a próxima!!!